A importância da leitura ativa para concursos públicos

Ler muito faz parte da rotina de quem estuda para concursos, mas ler de forma passiva — apenas passando os olhos no conteúdo — é um dos maiores desperdícios de tempo. Para transformar a leitura em aprendizado real, é preciso aplicar uma técnica chamada leitura ativa. Ela é responsável por tornar o estudo mais eficiente, a memorização mais duradoura e a compreensão muito mais profunda. Neste artigo, você vai entender o que é leitura ativa, por que ela funciona tão bem e como usá-la na sua preparação para concursos públicos.

O que é leitura ativa?

Leitura ativa é um processo de leitura no qual o estudante interage com o texto, questiona, anota, resume e busca entender o conteúdo com intenção e propósito. Diferente da leitura passiva, em que o aluno apenas lê sem refletir, a leitura ativa exige atenção plena e participação ativa do cérebro.

Ela envolve ações como:

  • Fazer perguntas durante a leitura.
  • Anotar as ideias principais com suas próprias palavras.
  • Grifar trechos importantes com critério.
  • Relacionar o conteúdo com o que já foi estudado.
  • Explicar para si mesmo o que acabou de ler.

O objetivo da leitura ativa não é apenas “terminar o conteúdo”, mas sim aprender de verdade.

Por que a leitura passiva prejudica seus estudos

A leitura passiva dá uma falsa sensação de produtividade. Você lê várias páginas, mas quando tenta explicar o conteúdo ou resolver uma questão, percebe que não reteve quase nada.

Esse tipo de leitura:

  • Não estimula a memória de longo prazo.
  • Não ativa as conexões cerebrais necessárias para fixar o conteúdo.
  • Gera esquecimentos rápidos.
  • Dificulta a revisão posterior, já que o material fica mal aproveitado.

Em concursos públicos, onde é necessário lembrar detalhes, conceitos, classificações e leis, esse tipo de leitura simplesmente não funciona.

Como aplicar a leitura ativa nos seus estudos

Incorporar a leitura ativa na rotina não é difícil, mas exige atenção e mudança de postura. Veja como fazer isso de forma prática.

1. Faça perguntas antes, durante e depois da leitura

Antes de começar a ler, pergunte:

  • O que eu já sei sobre esse tema?
  • O que espero aprender com esse texto?

Durante a leitura, pergunte:

  • O que o autor quer dizer com isso?
  • Qual é a ideia principal aqui?
  • Isso tem relação com outros assuntos que já estudei?

Depois da leitura, pergunte:

  • O que eu aprendi?
  • Como eu explicaria isso para alguém?

Essas perguntas mantêm o cérebro engajado e ajudam na fixação.

2. Anote com suas próprias palavras

Evite transcrever trechos do material. Ao anotar com suas palavras, você força o cérebro a processar e reorganizar a informação, o que fortalece a memorização.

Dica: use cadernos, fichas, aplicativos ou mapas mentais. O importante é transformar a leitura em produção ativa de conteúdo.

3. Grife apenas o essencial

O grifo deve ser um destaque visual e não um arco-íris no texto. Marcar tudo é o mesmo que não marcar nada.

Use um código de cores, por exemplo:

  • Azul para conceitos principais.
  • Verde para exemplos.
  • Vermelho para exceções ou pegadinhas.

Se possível, revise os grifos depois da leitura, para reforçar o que realmente importa.

4. Explique o conteúdo com suas palavras

Essa técnica é chamada de Técnica de Feynman, e consiste em ensinar o que você acabou de estudar como se estivesse explicando para uma criança ou pessoa leiga.

Ao tentar explicar, você percebe:

  • Se entendeu de fato.
  • Onde há dúvidas ou falhas.
  • Se o conteúdo está realmente fixado.

Você pode fazer isso falando em voz alta, escrevendo em um caderno ou até gravando áudios.

5. Relacione com conteúdos já estudados

Conectar o que você está lendo com o que já aprendeu anteriormente amplia a compreensão e torna a memória mais forte.

Exemplo: ao estudar atos administrativos, relacione com os princípios da administração pública. Ao estudar orações subordinadas, relacione com conjunções que você já conhece.

Essas conexões criam uma rede de informações no cérebro, facilitando o resgate durante a prova.

Quando usar a leitura ativa nos concursos

A leitura ativa pode (e deve) ser aplicada em:

  • Leitura de doutrinas jurídicas.
  • Estudo da lei seca.
  • PDFs de cursinhos.
  • Apostilas.
  • Artigos, resumos e anotações.

Se você adotar essa postura ativa em todos os materiais, seu rendimento vai aumentar significativamente.

Vantagens da leitura ativa para concurseiros

  • Aumenta a retenção do conteúdo.
  • Melhora a compreensão.
  • Reduz a necessidade de releitura.
  • Facilita a revisão posterior.
  • Torna o estudo mais inteligente e direcionado.
  • Eleva a qualidade da preparação.

Quem estuda ativamente aprende com profundidade e economiza tempo a longo prazo.

Dica bônus: combine leitura ativa com outras técnicas

A leitura ativa não precisa andar sozinha. Você pode combiná-la com:

  • Flashcards (para fixar definições).
  • Resumos e mapas mentais (para organizar o que aprendeu).
  • Questões comentadas (para aplicar o conteúdo).
  • Revisões espaçadas (para consolidar o conhecimento).

Quanto mais técnicas você dominar e aplicar em conjunto, maior será o seu aproveitamento.

Ler bem é mais importante que ler muito

Estudar para concursos não é uma maratona de páginas, mas sim uma jornada de aprendizado real. Não adianta ler mil páginas se você não lembrar de nada na hora da prova. Com a leitura ativa, cada página lida se transforma em conhecimento sólido.

Aplique essas técnicas no seu próximo estudo e veja a diferença. Ao final de uma sessão de leitura ativa, você não terá apenas “visto” o conteúdo — você terá aprendido de verdade.

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